terça-feira, 25 de julho de 2017

Antes de mais nada, gostaria de iniciar esse texto explicando que você é o motivo por estar escrevendo esse desabafo, o motivo por eu escrever minhas músicas, você é o motivo para praticamente tudo que envolve a minha vida hoje em dia, simplesmente porque você faz parte dela de uma maneira que eu não achei que fosse conseguir permitir. Enquanto eu estava vivendo uma fase de baladas e beijos sem sentido algum, você namorava com um garoto que não te merecia, mas eis que o acaso fez com que a gente se encontrasse quando essas nossas fases acabaram. Já expressei o que senti por você no texto em que reativou esse blog, então creio que retomar esse assunto seria quase uma “perda de tempo”, porque aqueles instantes já ficaram gravados aqui dentro, da cabeça e do coração. A linha do tempo dos acontecimentos, que precede o que está acontecendo agora seria muito importante para explicar os fatos, entretanto eu estou sem energias positivas para falar sobre tudo o que aconteceu de bom nesse tempo em que estivemos juntos. Bem, algumas pessoas podem até pensar que isso é ridículo, mas eu não me importo com a opinião dessas pessoas, simplesmente pelo fato de que, agora, as únicas coisas que eu penso são em relação ao quanto isso está se tornando “pesado” pra nós dois. Eu estive aqui refletindo sobre como é possível eu ter entregue tanto amor e carinho para uma pessoa que eu conheci há pouco mais de dois meses, porque era óbvio que, uma hora ou outra, isso ia cobrar seu preço. Aqueles medos que eu tinha, aqueles pudores, foram se desfazendo um a um, caindo por terra, a cada vez que você ia me visitar e dava aquelas gargalhadas impressionantes, dignas de quem não sairia dali nunca mais. Contudo, você saiu, você continua saindo, a cada dia, você está mais longe daquela cama, da minha vida, mais longe de nós dois, fugindo porque você não está preparada pra tanta “felicidade”, porque você acha que ser feliz desse jeito significa que a gente está em um relacionamento. Aqui vai uma notícia estrondosa, mas sempre estivemos em um relacionamento. Trago aqui três definições de relacionamento pra você ver que essa palavra tão temida na sua cabeça, na verdade vai existir com qualquer pessoa que você resolva manter contato, ainda mais alguém com a qual você conversa todos os dias: a) “Relacionamento significa a ligação afetiva, profissional ou de amizade entre pessoas”; b) “Ato de relacionar, de estabelecer uma ligação, uma conexão com algo ou alguém” e; c) “Ter comunhão, envolver-se com alguém ao ponto de compartilhar experiências, é aprender com o outro”. Depois de ler essas definições, o que você acha? Que não está pronta pra ter um relacionamento com alguém? Desde que começamos a nos encontrar com mais frequência, sempre soubemos das limitações, dos medos e das inseguranças um do outro e, mesmo assim, resolvemos que íamos deixar as coisas acontecerem e, caso alguma coisa acontecesse, voltaríamos a conversar sobre o que tinha mudado e se isso seria uma coisa boa pra nós, ou não. Até onde eu consigo perceber isso, se tem uma coisa que mudou, é que você se afastou, mas não porque agora a gente tenha algo sério, ou porque nós precisamos conhecer a família um do outro, ou até porque, nossa, como seria bom se ela aceitasse o pedido de namoro que vou fazer daqui uma semana... Você correu da maioria das coisas boas que nós tínhamos, daquilo que nos fazia sentir bem, com medo de que algum dia isso pudesse fazer mal... Você consegue perceber o quão incoerente isso soa na minha cabeça? Eu sei de todos os problemas que o seu relacionamento anterior causou e sei o quanto você ainda precisa do seu tempo pra recuperar os sentimentos e seguranças perdidos por ter sido enganada durante tanto tempo. Se eu disser como você se sente, eu estaria mentindo, estaria mesmo, porque nunca passei por uma situação sequer parecida com essa. Eu nunca vou entender completamente o que se passa aí dentro, por mais que você me fale, sempre vai ter alguma coisa que só suas amigas vão saber, ou que você não vai nem contar pra elas por medo, medo do que elas vão achar, medo do que você vai achar depois de ouvir a opinião delas. Várias vezes já ouvi você dizer que nos encontramos no momento errado e que se fosse em outra época, a gente estaria juntos e você estaria perdidamente apaixonada pela pessoa que eu sou. Mas sabe amor, não tem momento certo pra nada nessa vida, se tivéssemos nos conhecido duas semanas antes você estaria namorando ainda e, se nos conhecêssemos daqui dois meses, podia ser que você já estivesse com outra pessoa e não daria abertura nenhuma pra mim. Tem pessoas que surgem na nossa vida como um raio de sol, aquele raio contínuo e que aquece até os corações mais gelados, sabe? É uma oportunidade que eu não sei se vou ter de novo, encontrar alguém que faça eu me sentir tão completo, tão feliz, só pelo fato de estar junto comigo no final do dia e contar as maiores besteiras possíveis, acariciar esse seu corpo, ficar deitado com você, imaginando o porquê de o dia ser tão curto e você precisar mesmo ir embora. Eu quero parar de pensar em tantas coisas ruins que eu tenho pensado ultimamente, como o fato de lhe perder, ou o fato de você não querer mais ser aquela pessoa pela qual eu tanto me encantei e me apaixonei, justamente por estar se afastando e criando uma barreira pra ser feliz (AAAA). Tudo se torna muito mais fácil quando estamos deitadinhos juntinhos, beijinhos nos olhinhos, carinhos, arranhõezinhos, oraizinhos, sexozinhos (esses últimos três só estão no diminutivo por causa da rima, porque se for pela intensidade, né). É horrível tratar disso pelo celular, porque não conseguimos resolver nada, parece que as coisas ficam ainda mais confusas sem eu poder olhar fundo nos seus olhos e sentir de verdade o quanto você se importa, o quanto você se preocupa com o que nós construímos e ainda estamos construindo nesse nosso “relacionamento” (espero que lembre das definições acima e veja que não há motivo para tanto pavor). Sabe benzinho, eu continuo no mesmo lugar, esperando essas semanas estressantes passarem, resta saber se você vai querer continuar do meu lado depois disso, ou não... 

domingo, 21 de maio de 2017

Sabe aqueles dias em que você sente uma vontade absurda de escrever e parece que sua mente cria a armadilha de não lhe dar nenhum gatilho criativo? Pois é. Por meses eu vinha me perguntando qual o real motivo de ter parado de escrever continuamente nesse blog. Será que eu já não me considerava bom o suficiente, ou tinha medo de que alguém lesse e não gostasse do que viu? Isso é bem idiota, já que posso contar nos dedos as pessoas que sabem da existência dele. Que cabeça mais difícil de entender. Hoje eu estou em minha cama, quase meia noite, final de semana e a única pessoa que me faria sair daqui, é você. É engraçado como conhecemos pessoas aleatoriamente, nos encantamos por algumas, nos interessamos por outras, olhamos torto para tantas e ainda conseguimos odiar determinadas poucas. Não sei porque, mas o universo resolveu nos colocar frente a frente, parecia mágica... Eu não ia sair naquele dia, mas minhas amigas resolveram que não era plausível eu ficar em casa, mesmo tendo que trabalhar no dia seguinte. Por mais que eu tentasse escapar pelas beiradas, elas acabaram conseguindo me tirar do marasmo e do aconchego do lar. Chegando lá, encontrei uma garota que já foi muito próxima de mim, chegou até a se declarar em determinado momento, mas precisei ser franco com ela ao dizer que não tínhamos a mínima chance de ficarmos juntos. Ela veio falar comigo, e continuou falando, resolveu dançar na nossa rodinha e tentou algumas investidas, em vão. Depois disso, minhas fiéis escudeiras encontraram pares para se divertir e eu, resolvi passear pela festa afim de dançar e me divertir. Eu estava embaixo do palco, dançando e cantando com uma de minhas amigas, quando você apareceu na minha frente. Sabe aqueles momentos em que bate a música, bate o olhar, bate a sensualidade e aquele sorriso desconcertante?Até agora, eu fico pensando quais eram as chances de nos encontrarmos ali, naquele instante, com todas as condições favoráveis... Tantas coisas poderiam ter sido diferentes naquele dia e qualquer coisa, por menor importância que tivesse, causaria a possibilidade disso não acontecer, de nós não termos nos fitado e aqueles seus olhos, eu nem sei explicar o que eu vi neles, mas foi instantâneo... A aproximação não demorou a acontecer e, nosso beijo então, parece que encaixou melhor do que o Arthur no meio campo do Grêmio. Quando a química acontece, não tem como segurar, e aquelas unhas percorrendo minhas costas, me causam arrepios até hoje. Agora eu pergunto, que sentido tem tudo isso, se depois de cinco minutos (eu disse CINCO MINUTOS) você vai embora? Eu não posso deixar que a gente dure só esses cinco minutos, que essas sensações se percam com o passar dos dias, entende? Não dá pra desperdiçar a chance de conhecer a garota que fez toda aquela noite valer a pena, em tão pouco tempo. Talvez você nunca saiba que tirou o meu sono nesses últimos três dias. Mas saiba que, um dia, tudo vai conspirar a nosso favor novamente, eu tenho certeza disso. Então, eu vou pegar na sua mão. Vou colocar a outra mão na sua cintura. Enquanto o mundo passar ao nosso redor, esse momento vai ser o nosso mundo. Depois disso, você não vai mais querer ir embora.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Sobrevivi ao caos. Por mais de um ano. Ou será que eu era o caos nesse período, ou talvez tenha sido você? O mais provável, é que nós tenhamos sido o melhor e maior caos de todos os tempos. Em um mundo repleto de sonhos e fantasia, você foi a grande realidade formatada para me fazer acreditar no dito "felizes para sempre". E hoje, se eu falo sobre isso no passado, é porque me permiti o luxo de te esquecer. Entretanto, seria tolo ao afirmar que esqueci nossos momentos juntos, situações delicadas, complicadas, românticas e até dramáticas no final. O grande fato aqui é que meu coração já não bate mais por você. Creio que, enfim, ele bata por si mesmo.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Todos estamos sujeitos a variações de humor, de pensamentos, convicções, princípios, objetivos de vida, mas se tem algo que influencia em todas essas questões, são os nossos sentimentos. Durante nosso crescimento, percebemos diversos ritos de passagem, alguns para o bem, outros para coisas não tão apreciativas. Corremos sério perigo de que, nesse meio tempo, tenhamos acontecimentos catastróficos, que nos façam refletir sobre o modo como pensamos e agimos. Sentimentos são rotineiros, eles aparecem desde seus sonhos até seus sonos, do seu primeiro ao último momento em que pensa antes de ir dormir. Temos facilidade em nos prendermos a acontecimentos passados, normalmente devido a sensações ruins, que nos fizeram passar por momentos de dificuldade. Assim que cada um desses momentos surgem, eles abrem buracos, alguns mais rasos, outros mais profundos. E aqui eis a novidade: a profundidade desses buracos se deve ao modo como entendemos, sentimos e vivenciamos tudo isso. O término de uma amizade pode ser o início de uma depressão, ou pode ser encarada como uma possibilidade de abrir caminho para novas amizades. O caso amoroso que não deu certo pode ser o estopim de uma tragédia maior, ou pode ser a deixa para que você pense e analise melhor as suas possibilidades, antes de se envolver com alguém novamente, a pessoa certa. Ao mesmo tempo em que abrimos buracos, arrancando plantas contaminadas, abrimos a possibilidade de semear uma nova planta. O grande problema é o vazio deixado ali, até que uma nova semente apareça. Se pensarmos, por exemplo, que uma ventania levou embora todo o seu parreiral, isso quer dizer que você não irá plantá-lo de novo, com medo de que uma nova ventania cause ainda mais estrago? Óbvio que não. Mas primeiro você precisa arrumar essa terra, capinar, tirar os resquícios das ervas daninhas e raízes, precisa controlar o pH do solo. Isso seria o mais correto a fazer, mas nem sempre estamos dispostos a esperar tanto tempo para ter uma nova planta altiva e feliz, só queremos alguma com galhos que nos façam certa sombra. Isso não dá certo, não funciona porque o resto do material orgânico, restante da ventania, ainda continua lá e, pasme, ele acaba atraindo os nutrientes do solo, os consome, fazendo com que seu novo broto não vingue. Não é saudável atropelar acontecimentos em sua vida, assuntos mal acabados, relacionamentos infindáveis, trabalhos incompletos, porque isso sempre volta a permear os seus sentimentos, não deixando que construa relações plenas em seu momento atual. Toda nova planta nasce em direção ao sol e quanto mais altas forem as outras árvores, mais ela vai precisar crescer para conseguir energia solar para realizar a fotossíntese. Você precisa acreditar que esse broto tem chances, que ele pode ter seu lugar ao sol, mas também não pode deixar outros buracos abertos, pois ali irá se acumular água da chuva, onde voltará a florescer os galhos anteriores, roubando nutrientes e competindo pela energia solar. Algumas plantas precisam de mais sol, outras precisam de mais cuidado, ainda têm as que preferem muita chuva, mas nenhuma delas vai conseguir desabrochar enquanto aquele buraco continuar com restos de vendavais anteriores. Feche ciclos, limpe buracos, floresça.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

     Não sei porque não dei atenção aos sinais de hoje. Saí da minha aula das 7:30h e o Jardim Botânico estava partindo. Aqui no centro, o Santana passou antes do Jardim Ipê, ou seja, era pra ir pra casa, de novo. Quando chego na Esef, perto do meio dia, tá saindo um Jardim Botânico que me levaria pra casa, novamente. E ao invés disso, o teimoso resolveu ficar lá, parece que não sabia que seria um mau dia, um mau dia. Parece que até pra demonstrar sentimento, eu tenho que me controlar agora...

Por Vinícius Fin.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

     Eu tento, mas parece que não adianta. Outra vez, tu tinha me dito que eu não demonstrava que eu te amo, que eu só falava, que era muito fácil pra mim porque eu não moro longe, demoro menos pra chegar em casa, acordo mais tarde. O que eu faço pra ti, tem tudo a ver com os outros, eu só fico te chamando de amor quando estamos com os outros, só levo tua bandeja quando tem alguém junto, só compro docinho se as pessoas ficam falando pra mim comprar pra ti. Agora, eu estou te provocando por falar com tua melhor amiga da faculdade e, junto contigo ainda, não, tá errado isso daí, poxa, eu fiquei a tarde toda na faculdade só pra jantar contigo, passamos um tempo junto antes, sim, mas eu podia ter ido embora. Fiquei e ainda tive que ouvir um 'não' pelo fato de tu achar que eu comprei pelos outros? Vai ver que a rosa que te dei também, a trufa de morango que te levei na faculdade outro dia também, a goiabinha de hoje de meio dia também, o danoninho, a pipoca, a fanta. Eu acho que estou banalizando esses momentos, porque só pode ser por esse motivo que tu agiu e pensou desse jeito. Só que eu não consigo ser diferente, vou continuar fazendo a mesma coisa e isso vai acontecer de novo, eu não vou me oferecer sempre pra levar as tuas coisas ou pegar na tua mão, mas quando eu fizer, pensa no que esse momento significa, mas pensa de verdade, porque não vai ser ali, depois da curva, que tu vai encontrar outro cara que se importe, se preocupe contigo do jeito que eu faço e quando acontecer, é por ti, por nós. Sabe quando te dá vontade de sair correndo? Eu tava assim hoje de noite, durante a janta e depois, saindo da faculdade, a única vontade que eu tinha era de correr dali e ir pra casa, pra junto da família, deitar embaixo do cobertor e ficar ali o final de semana todo, só dormindo, hibernando. Pra mim, parece que sempre que estamos com mais pessoas ao nosso redor, tu meio que me deixa de lado, talvez seja pelo fato de eu estar junto contigo e tu junto com teus amigos, talvez não, tenho quase certeza de que é por causa disso. Ultimamente estou me sentindo meio intruso, estou saindo de onde tu tá com eles pra ir pra outro lugar, pra ver se fico mais calmo e paro de viajar nesse tipo de coisa, fiz isso ontem na escada, fiz hoje ali nos bancos, e não é querer toda tua atenção pra mim, porque isso é impossível, só parece que tu sabe que me tem a qualquer hora, então tu direciona tua atenção pra eles. Hoje, me disseram que eu não tava mais sorrindo como antes e estou começando a achar que é verdade, a diferença é que eles não conseguem me ver quando estamos juntos, rindo, se beijandose divertindo. Na real, eu não sou o cara dos sonhos como tu disse que falavam pra ti, antes da gente ficar junto, eu sequer apareço nos teus sonhos, pra ser mais exato. Só sei que tu aparece no meu sonho, na minha cabeça, no meu futuro. Juro, estou aqui perdido, me afogando numa coca-cola com leite condensado, tendo uma overdose de açúcar, meus olhos não conseguem ficar abertos, a única coisa que me deixa acordado é ficar pensando no que escrever pra ti. E eu não sei, amor, não sei o que fazer pra ficar de boa contigo de novo.

Por Vinícius Fin.