domingo, 10 de fevereiro de 2013

     Pára Vinícius, pára, pelo amor de Deus, tá enchendo meu saco já. Se tu quer dor de cabeça, vai estudar. Se tu quer passar teu tempo, vai comer. Se tu tiver saudade, esconde, se tu gostar, não diz. Vai ser como todos os outros que não se preocupam com as pessoas e esquece essa de bom moço, esquece que tu não tem vez sendo desse jeito. Quantas vezes tu já te quebrou o braço? A clavícula, uma vez, e a cara? Quantas vezes? Me diz quantas! Mas vai a pqp com esse papinho de uma ou duas vezes. Quantas vezes tu ainda vai te entregar assim, passar por bobalhão, ser sincero e tomar na orelha? Quantos petelecos tu vai ter que levar pra perceber? Anda, sai daqui, eu não quero mais olhar no teu olho e ter que te dar meu ombro pra chorar. Pega essas pipocas, essa Fanta, esse teu filme novo e joga pela janela, não diz mais nada, não pensa mais nada, só fica quieto. Deixa ela em paz, deixa ela se divertir e pára com esse ciúme idiota, pára de entrar no Face e procurar ela pra conversar, pára de se torturar assim, ela vai se livrar disso logo, nem vai perceber o tempo passar, vai olhar pra ti com indiferença logo, logo. Lembra? Ela disse que teu deslize anulou tudo de bom que tu fez pra ela, viu, tu não significa mais nada. Preciso te dizer o que tu tem que fazer? Tu quer que eu te diga mais alguma coisa? Anda, pega essa venda aqui, esse abafador de ouvido e o esparadrapo, porque eu sei que tu não vai me ouvir, seu trouxa. Vai continuar fazendo a mesma coisa, não vai? Tenho pena dessa parte tua, consegui te manipular durante tanto tempo, porque eu sabia que seria assim, de novo. Tu sempre volta do mesmo jeito, destruído, desiludido. Vai criar vergonha na cara, Vinícius, mas que droga. Sai daqui, sai agora, antes que eu perca a cabeça contigo.

Razão.

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