sexta-feira, 3 de maio de 2013

     Não sei porque não dei atenção aos sinais de hoje. Saí da minha aula das 7:30h e o Jardim Botânico estava partindo. Aqui no centro, o Santana passou antes do Jardim Ipê, ou seja, era pra ir pra casa, de novo. Quando chego na Esef, perto do meio dia, tá saindo um Jardim Botânico que me levaria pra casa, novamente. E ao invés disso, o teimoso resolveu ficar lá, parece que não sabia que seria um mau dia, um mau dia. Parece que até pra demonstrar sentimento, eu tenho que me controlar agora...

Por Vinícius Fin.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

     Eu tento, mas parece que não adianta. Outra vez, tu tinha me dito que eu não demonstrava que eu te amo, que eu só falava, que era muito fácil pra mim porque eu não moro longe, demoro menos pra chegar em casa, acordo mais tarde. O que eu faço pra ti, tem tudo a ver com os outros, eu só fico te chamando de amor quando estamos com os outros, só levo tua bandeja quando tem alguém junto, só compro docinho se as pessoas ficam falando pra mim comprar pra ti. Agora, eu estou te provocando por falar com tua melhor amiga da faculdade e, junto contigo ainda, não, tá errado isso daí, poxa, eu fiquei a tarde toda na faculdade só pra jantar contigo, passamos um tempo junto antes, sim, mas eu podia ter ido embora. Fiquei e ainda tive que ouvir um 'não' pelo fato de tu achar que eu comprei pelos outros? Vai ver que a rosa que te dei também, a trufa de morango que te levei na faculdade outro dia também, a goiabinha de hoje de meio dia também, o danoninho, a pipoca, a fanta. Eu acho que estou banalizando esses momentos, porque só pode ser por esse motivo que tu agiu e pensou desse jeito. Só que eu não consigo ser diferente, vou continuar fazendo a mesma coisa e isso vai acontecer de novo, eu não vou me oferecer sempre pra levar as tuas coisas ou pegar na tua mão, mas quando eu fizer, pensa no que esse momento significa, mas pensa de verdade, porque não vai ser ali, depois da curva, que tu vai encontrar outro cara que se importe, se preocupe contigo do jeito que eu faço e quando acontecer, é por ti, por nós. Sabe quando te dá vontade de sair correndo? Eu tava assim hoje de noite, durante a janta e depois, saindo da faculdade, a única vontade que eu tinha era de correr dali e ir pra casa, pra junto da família, deitar embaixo do cobertor e ficar ali o final de semana todo, só dormindo, hibernando. Pra mim, parece que sempre que estamos com mais pessoas ao nosso redor, tu meio que me deixa de lado, talvez seja pelo fato de eu estar junto contigo e tu junto com teus amigos, talvez não, tenho quase certeza de que é por causa disso. Ultimamente estou me sentindo meio intruso, estou saindo de onde tu tá com eles pra ir pra outro lugar, pra ver se fico mais calmo e paro de viajar nesse tipo de coisa, fiz isso ontem na escada, fiz hoje ali nos bancos, e não é querer toda tua atenção pra mim, porque isso é impossível, só parece que tu sabe que me tem a qualquer hora, então tu direciona tua atenção pra eles. Hoje, me disseram que eu não tava mais sorrindo como antes e estou começando a achar que é verdade, a diferença é que eles não conseguem me ver quando estamos juntos, rindo, se beijandose divertindo. Na real, eu não sou o cara dos sonhos como tu disse que falavam pra ti, antes da gente ficar junto, eu sequer apareço nos teus sonhos, pra ser mais exato. Só sei que tu aparece no meu sonho, na minha cabeça, no meu futuro. Juro, estou aqui perdido, me afogando numa coca-cola com leite condensado, tendo uma overdose de açúcar, meus olhos não conseguem ficar abertos, a única coisa que me deixa acordado é ficar pensando no que escrever pra ti. E eu não sei, amor, não sei o que fazer pra ficar de boa contigo de novo.

Por Vinícius Fin.

domingo, 31 de março de 2013

     Não ganhei meu presente de Páscoa. Eu queria só um, mas parece que ele vai demorar a chegar. Amanhã já é dia da mentira e eu não quero pensar estar vivendo em uma. Pelo menos me resta o chocolate, quem sabe ele não me dá o açúcar necessário pra esse astral dar um up. Às vezes, o que preciso é só de um pouco de carinho, não são presentes, não são cartas de amor, é só demonstrar que está dando valor, só pra sentir que tenho alguém do meu lado, de verdade; não sair de cara porque te quero aqui comigo mais um dia, uma noite.

Por Vinícius Fin.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Eu sofro sozinho, penando. Outras pessoas sofrem se divertindo com outras, como se fosse um tango. Nunca tinha pensado numa analogia tão perfeita.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Será? :/
     Tinha esquecido o quanto um banho de chuva pode te relaxar, te cansar, te colocar pra dormir. Cada um tem seu jeito, o meu é ouvir os pingos caindo na telha de zinco, só assim meu pensamento consegue dar um tempo de você. Quando eu acordar, bom, aí já é outra história...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

     Cada vez que olho pra mim, encontro um novo cabelo longo e moreno. Lembro de você me perguntando: 'Se eu tiver leucemia, tu vai pro hospital comigo?' E eu aqui sussurrando: 'Contigo, eu vou pra qualquer lugar, mulher. Qualquer lugar.'

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

     Como quando tu tá num sonho, então tu acorda. Tenta voltar a dormir e a única coisa que te resta é a lembrança do sonho, que te mantém acordado. Isso é irônico, a lembrança do sonho não te deixa mais dormir. A lembrança do sonho e de uma vida que parece passada, parece que aconteceu há anos atrás, mas eu lembro como se fosse hoje, é estranho. Estranho sentir a dor, não por perder, mas a dor de suportar uma situação impossível de se entender. Compreender que uma pessoa não pensa igual a você, não é difícil. Difícil é aceitar essa decisão quando te afeta, quando mexe com sua estrutura. Sabe, eu não quero me machucar mais, mas continuo jogando futebol, vôlei, andando de bicicleta, atravessando a rua sem olhar para os dois lados. Você não quer se machucar, mas continua criando expectativas, vivendo sua vida, tomando decisões. Não é se privando de uma coisa que você gosta de fazer, que você não vai se machucar mais. Me ouve, uma vez, tu vai se machucar e sofrer muito mais ficando longe de mim. Posso até estar errado, mas isso não vai sair da minha cabeça. Não vai sair porque eu sei o quanto tu se sente bem comigo, o quanto eu te faço feliz, o quanto eu consigo te irritar só em te olhar. Eu sei que a gente passou por momentos muito mais importantes do que um, onde a gente se desentendeu. Eu também sei que nossa vida não é o que acontece na faculdade, o mais importante é o que acontece fora dela, como foi hoje, valeu muito mais do que qualquer outro dia. Hoje eu senti que tu tá comigo e poxa, eu também estou contigo. A gente tá junto, mas tá separado, isso não me soa muito bem. A gente tá junto, tem que ficar junto. Eu disse que não ia te deixar ir embora fácil e não vou mesmo. Tu pode ter dito que não era fácil pra ti e eu consigo ver no fundo do teu olho que isso é verdade. Passamos o dia aqui, em que esquecemos tudo que estava acontecendo ao nosso redor, todos os problemas que tivemos, as discussões que aconteceram. Tu disse que sabia que não daria certo vir pra cá, agora eu te pergunto, não deu certo mesmo? Eu acho que a coisa que mais deu certo hoje, foi tu ter vindo aqui. E a mais errada, foi eu ter te deixado ir embora do mesmo jeito que tu chegou. Não que a tarde deveria anular tudo o que aconteceu, mas quando a gente se junta, rola de um jeito que não tem como explicar, só tem como sentir e se deixar levar. Dizem que a saudade nos faz perceber o quanto gostamos de alguém, pena que eu não tenho isso a meu favor, já que não consigo largar do teu pé. Talvez, eu sinta que se me afastar, provavelmente você irá procurar por outra pessoa, outro cara que teria metade do respeito e carinho que tenho por ti. E isso sim, me deixa preocupado, porque você iria se machucar mais. Se eu não me conhecesse, poderia dizer que tu corre esse risco comigo também, mas tu não corre. Acho que tu não percebe isso porque me conhece há muito pouco tempo e a culpa não é tua, claro, nem minha, tu só não está querendo se cegar por um sentimento tão sincero quanto o nosso. Só acho que tu tá tapando um olho, sabe, vendo só um lado da moeda, só o lado ruim e descartando a parte maravilhosa que o outro olho não consegue enxergar. A gente vale a pena, a gente faz valer a pena cada vez que nos encontramos, você percebe isso? Eu sei que percebe. A gente tem medo de tanta coisa na vida, mas mesmo assim não pode parar de viver a parte boa, nesse caso, a nossa parte. Vem comigo, morena, vamos sair dessa tristeza, vamos ser felizes.

Ps: A letra pequena nem chega perto do tamanho do meu coração dizendo essas coisas.
‎"Somos o que há de melhor, somos o que dá pra fazer, o que não dá pra evitar e não se pode escolher".

domingo, 10 de fevereiro de 2013

     Pára Vinícius, pára, pelo amor de Deus, tá enchendo meu saco já. Se tu quer dor de cabeça, vai estudar. Se tu quer passar teu tempo, vai comer. Se tu tiver saudade, esconde, se tu gostar, não diz. Vai ser como todos os outros que não se preocupam com as pessoas e esquece essa de bom moço, esquece que tu não tem vez sendo desse jeito. Quantas vezes tu já te quebrou o braço? A clavícula, uma vez, e a cara? Quantas vezes? Me diz quantas! Mas vai a pqp com esse papinho de uma ou duas vezes. Quantas vezes tu ainda vai te entregar assim, passar por bobalhão, ser sincero e tomar na orelha? Quantos petelecos tu vai ter que levar pra perceber? Anda, sai daqui, eu não quero mais olhar no teu olho e ter que te dar meu ombro pra chorar. Pega essas pipocas, essa Fanta, esse teu filme novo e joga pela janela, não diz mais nada, não pensa mais nada, só fica quieto. Deixa ela em paz, deixa ela se divertir e pára com esse ciúme idiota, pára de entrar no Face e procurar ela pra conversar, pára de se torturar assim, ela vai se livrar disso logo, nem vai perceber o tempo passar, vai olhar pra ti com indiferença logo, logo. Lembra? Ela disse que teu deslize anulou tudo de bom que tu fez pra ela, viu, tu não significa mais nada. Preciso te dizer o que tu tem que fazer? Tu quer que eu te diga mais alguma coisa? Anda, pega essa venda aqui, esse abafador de ouvido e o esparadrapo, porque eu sei que tu não vai me ouvir, seu trouxa. Vai continuar fazendo a mesma coisa, não vai? Tenho pena dessa parte tua, consegui te manipular durante tanto tempo, porque eu sabia que seria assim, de novo. Tu sempre volta do mesmo jeito, destruído, desiludido. Vai criar vergonha na cara, Vinícius, mas que droga. Sai daqui, sai agora, antes que eu perca a cabeça contigo.

Razão.

     Culpa. Hoje irei fazer diferente, não trarei qual seu significado no dicionário. Resolvi que nesse caso, o que mais importa é o sentimento e não a definição exata do que ela significa. Quando tu me magoaste, principalmente por aquela atitude ter sido totalmente inesperada, por incrível que pareça, eu me senti culpado, em parte. Pensei várias vezes no que tinha feito de errado, em como havia te tratado, se tinha te deixado faltar alguma coisa, se não tinha dado o meu melhor, se não havia dado valor a mulher que estava do meu lado. Além disso, somou-se um sentimento de traição, porque por mais que tu não tenhas mentido, tu acabaste omitindo. Tu não omitiste qualquer coisa, tu omitiste algo que poderia ter mudado o rumo dessa relação, se é que ela continuaria a existir e poderia ter causado muito mais estrago se isso fosse revelado mais tarde, muito mais. Se eu não tivesse perguntado, tu não teria me contado e por mais que tu tenhas falado a verdade, você traiu minha confiança pelo simples fato de não ter sido a mulher que eu resolvi ter pra mim, por não ter sido a mulher que eu acreditei que tu eras e o fundamental, tu não foi a mulher que dissestes que era. Parece que estou falando muito mais da palavra ‘traição’, mas isso é assunto pra um próximo texto, se é que esse tópico já não foi abordado o suficiente por aqui. Vou voltar ao foco. Agora, depois de uma conversa um tanto estranha, em que eu resolvi me abrir contigo e também expor onde eu falhei, novamente estou aqui com um sentimento de culpa violentíssimo. Porque por mais que eu não tenha me lembrado de ter dito o que tu falaste que eu disse e na hora que eu disse, te ver chorando na minha frente, sem nenhum outro motivo aparente, faz com que eu me sinta um crápula, um homem que nunca se esforçou pra te conquistar, um tipo de homem que eu abomino desde que vi minhas primeiras amigas sofrendo, um tipo de homem que de homem, só tem a idade. Não é assim que eu sou, nunca fui trouxa contigo, posso ter sido grosso, assim como tu também foste comigo, mas me vejo como um cara que te tratou praticamente como uma namorada no tempo em que estivemos juntos. Se eu errei, admito meu erro, se eu traí tua confiança com isso, tenho que arcar com as consequências, eu sei. Mas um tempo sentado na areia, olhando pro mar, me deu uma visão mais profunda de tudo que aconteceu entre a gente. Pensei desde aquele primeiro dia, em que eu decidi que tu serias minha. Naquele dia em que parecia que eu levaria mais um fora, mas consegui levar um beijo teu pra casa. Daí pra frente, acho que mais importante do que algumas desavenças individuais, preciso ressaltar a convivência que, apesar de conturbada devido as nossas birras, foi, digamos, demais. No momento onde tudo parece estar perdido, onde os dois estão magoados e se sentindo traídos, de certo modo, eu penso em como chegamos a esse ponto. Foram duas atitudes isoladas que, quando postas na mesa, geraram um enorme desconforto em relação ao ponto de segurança que tínhamos um no outro. Se não conseguimos negar toda essa dor pela qual estamos passando, também não podemos negar o que sentimos um pelo outro. O medo de se machucar de novo está sendo maior do que a vontade de ser feliz, de continuar sendo feliz e de estar ao lado de quem nos faz tão bem. Se estamos nos sentindo enganados, precisamos nos apegar no que de mais verdadeiro aconteceu entre a gente, o sentimento. Se tudo o que vivemos até aqui foi falso, então eu só posso ter mais problema mental do que eu imaginava. O ciúme que sentimos um pelo outro é incontrolável, nos empolgamos de vez em quando e tu sabes disso, mesmo que não demonstre. Terminar vai ser como uma ‘Missão Impossível’, eu sinto, tu sentes. Eu vou sofrer aqui no meu canto e tu vais sofrer no teu. Não quero sofrer desse jeito, tu queres, mulher?

Por Vinícius Fin.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

     Insônia significa privação de sono, vigília, dificuldade em dormir, além de falta de sono ou insonolência. É caracterizada pela dificuldade em iniciar ou manter o sono e pela sensação de não ter um bom sono durante pelo menos um mês, causando prejuízo significativo em áreas importantes da vida do indivíduo. Eu digo que a insônia não precisa, necessariamente, se pronunciar depois de um mês sendo um caso recorrente. Acho que a definição que mais se encaixa aqui, é a dificuldade em dormir, ultimamente. Hoje, 3:25 da madrugada e eu aqui escrevendo sobre uma coisa bastante óbvia, mas não sobre o que eu gostaria de escrever. Quanto à consequência da insônia, quando há algum prejuízo em alguma área importante da vida da pessoa, eu também acho que pode ser invertido. Creio que a insônia seja muito mais causada por esse motivo do que qualquer outro, ou seja, quando parte da vida de alguém entra em conflito com as outras, quando tudo o que se espera por passar a noite em claro, é que a manhã surja com novos ares, com uma brisa diferente da noite, revigorante. Parece então, que precisarei passar várias delas assim, sem poder abrir minha garrafa de vinho porque falta um saca rolhas, sabe, sem poder dormir porque a mente sente que falta alguma coisa. Como se só meus problemas não fossem suficiente, a insônia ainda consegue dar um jeito de piorar, não me traz paz, não me traz um momento de alívio, não traz um momento de fuga sobre tudo o que me aflige. Olho pro meu braço e vejo aquela inscrição gravada com um graveto seco, que pode ter desaparecido a olho nu, mas não vai sair tão cedo da minha memória. Não olho, decido fechar meus olhos e me deparo com outra coisa, minha mão, segurando o mesmo graveto seco, agora é meu nome que está surgindo, mas ele some em menos de 30 segundos. Acho que não foi o suficiente, acho que deveria ter deixado minha unha crescer, assim, você chegaria em casa e lembraria de mim como um 'abobado', que fez isso sem necessidade, bem bobo. Pegar essa insônia e lembrar quanto isso seria bom, é nostálgico (pegando só o mais apropriado: que exprime ou sente saudade. Ps: pareço um dicionário online, haha, que idi). Eu nunca vou conseguir terminar esse texto e conseguir sair satisfeito com o que eu escrevi, porque eu vou ler e reler, pensar e repensar, mas nunca vou conseguir me expressar o suficiente. É uma grande dificuldade se expressar com palavras, acho que se fosse cientista, certamente bolaria um esquema onde o que a pessoa sente seria transmitido para outra, só assim elas poderiam dizer “Eu sei como tu se sente.”, me desculpem, mas vocês não sabem, porque não foi com vocês que aconteceu, não foram vocês que fizeram burrice e agora precisam aguentar as consequências, é aqui na minha pele que tá ardendo, é a minha cabeça que está atordoada. Porém, preciso dizer que algumas pessoas têm a sensibilidade e a coragem de tentar me entender e também me dizer que eu errei, falando isso na minha cara, sinceramente, vocês são os melhores amigos que eu tenho, são os que me fazem ser melhor. Estou indo para a praia amanhã e deixo aqui uma parte muito importante de mim, vocês, todos vocês que se importam comigo de algum modo e me aturaram num momento tão difícil, espero conseguir ser assim quando vocês também precisarem, de verdade. Agora já faz quase uma hora que estou escrevendo, 4:20 da madrugada e não estou realmente satisfeito com o que eu escrevi até agora, talvez esse seja um problema, escrever sobre minha própria vida me dá tantos caminhos pra percorrer, tem tanta coisa pra falar, que acabo me perdendo no meio de tudo isso. Escrever é como viajar, viver também, e hoje, é, estou perdido, não adianta negar.

Por Vinícius Fin.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

     Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua esperando uma eternidade para viver uma vida ao lado dela. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua sonhando com ela. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua querendo ela ao seu lado. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua se preocupando com ela. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua amando cada falha dela. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua esperando uma mensagem de boa noite. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua sentindo saudade. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua na fissura, esperando por notícias que não chegam. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua se enganando. Ela, geralmente, não corresponde às suas expectativas e mesmo assim, você continua. Você continua enquanto tudo ao seu redor parece não fazer o menor sentido, parece que tudo conspira, parece que tudo indica o fim do túnel e daqui, não consigo ver um clarão, só uma luz piscando intermitentemente com a inscrição: 'Run Away', não é fácil tirar essa imagem da cabeça. Você precisa decidir, ela o teve por completo e você a teve somente nos instantes em que estiveram juntos. Você precisa decidir, você não tem escapatória, você pode fugir e ser fraco ou pode encarar isso tudo de frente. Você prefere o mais fácil? Então nem precisaria pensar. Eu quero que você me diga se o que é mais fácil é o que você quer. Eu sei que você é fraco, eu lhe conheço melhor que a mim mesmo e por isso eu te digo, seja qual for sua decisão, ela foi bem tomada. Você, nunca mais, eu disse, nunca mais vai passar por essa situação novamente, se passar não é porque é fraco, mas sim porque foi tolo, porque você pensa e age de um modo diferente das pessoas ao seu redor. Elas regem a orquestra pelo aplicativo do iPhone enquanto você prefere levar as coisas mais a sério, à moda antiga, olho no olho, sinceridade, nunca omitindo o que sente ou o que sentiu quando foi contrariado, magoado, destratado. Vou te dizer, se você entrar nessa bolha da modernidade, você certamente terá mais calmaria em sua vida. Você e calmaria não combinam, a bolha estouraria a qualquer momento, você iria se machucar e pior, não se reconheceria depois desse tempo em que você foi tudo aquilo que nunca conseguiu entender. Demoraria mais tempo para se recuperar, precisaria achar o seu 'eu' novamente e então prosseguir com sua vida, antes de entrar em uma bolha maior, a qual você não conseguirá mais se livrar sozinho. A grande questão aqui é, você já pesou o tamanho do seu orgulho ferido? Ele é maior do que sua vontade de seguir em frente? Eu aposto que ele te limita, mas é melhor parar por aqui, não quero confundir sua cabeça, afinal, já confundi o mais importante, seus sentimentos.

Por Vinícius Fin.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

     Idiota é um termo com origem no grego "idiotes" que significa "pessoa leiga, com falta de habilidade profissional" por oposição àqueles que desenvolviam algum trabalho especializado. Diz-se de um indivíduo estúpido, desprovido de inteligência, de bom senso, que é vaidoso ou pretensioso. Pode-se dizer que falta de habilidade profissional, não, afinal jogo bocha como poucos, ainda pratico meu voleizinho e acho que consegui fazer as crianças aprenderem quando tive o estágio no Ensino Infantil, claro que não é um professor que se diga: "Nossa, como ele é perfeito e sabe lidar com as crianças.", mas aprendi bastante com eles também. Um indivíduo estúpido, bom, aí eu não posso falar por mim mesmo, porque se eu sou um cara legal, ou sou puxa saco, ou sou grudento e, se sou desapegado e trato como qualquer uma, ou sou grosso, ou sou estúpido, não sei qual de todos esses é pior. Desprovido de inteligência e bom senso, pode até ser, taurinos são teimosos e dificilmente tem o bom senso de admitir quando estão errados, não sou diferente, mas tenho inteligência suficiente para saber que estou sendo julgado por isso, chamado de dramático e intitulado como uma pessoa que se 'acha', eu sei que pensam assim também. A única vaidade que eu ostentava, até ontem, era a de que sempre tinha tudo sob controle, tinha parado de me perder e sofrer à toa já faziam 3 anos, sabe, eu havia parado de me envolver porque não estava valendo a pena. Depois de todo esse tempo, eu sentia falta, eu realmente queria alguém, só me esqueci do que já havia dito pra mim mesmo: 'Não precisa se apegar, não se apegue.', afinal, acho que todo esse tempo me fez esquecer do quão difícil isso poderia se tornar. Na parte do pretensioso, certamente eu me encaixaria, eu pretendia tanta coisa e ao mesmo tempo pretendia só a mais importante delas, não ficaria chateado em conseguir alcançar uma ou duas metas somente. 'Quem muito quer, nada tem?' Não acho que isso possa valer agora, mas acho que sou idiota, em partes, mas não nas partes que o dicionário explica e eu me encaixo. Eu sou idiota no sentido amplo da palavra, no sentido mais ingênuo e no sentimento mais comum, enfim, devo ser só mais um.

Por Vinícius Fin.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

     Tínhamos exatos cinco anos quando nos conhecemos, mas tenho certeza de que posso lembrar como se tivesse ocorrido semana passada. Minha mãe sempre adorou dar suas caminhadas pela vizinhança e apesar de falar meio alto (acho que isso é coisa de gringo), sempre teve uma boa relação com as pessoas próximas de onde morávamos. Eu, como filho adorável, resolvi acompanhá-la até o mercadinho onde comprávamos leite e pão, além da famosa torta de morango com cobertura de chocolate, a qual sempre levava um pedaço pra casa. Mas esse dia não foi como os outros, onde entrávamos, saíamos e o máximo de emoção que tínhamos era quando eu chorava para conseguir a minha torta. Dessa vez você estava lá, branca feito uma das caixas de leite que havíamos comprado, mas a diferença estava estampada na minha cara, eu nunca havia visto uma caixa de leite tão perfeita. Pena que não tive muito tempo de lhe admirar, logo você foi embora com sua avó, empunhando um daqueles pirulitos maiores do que sua própria cabeça, pulando como se tivesse encontrado o tesouro mais incrível do universo. Posso apostar que minha mãe me chamou umas três vezes para escolher meu pedaço de torta, enquanto eu lhe via saindo pela porta, com aquele vestidinho rosa e uma fita amarrada no cabelo. Eu bem que queria dizer: ‘Ei, quer uma bala?’, ainda bem que não o fiz, assim quase tive uma overdose deliciosa de açúcar com aquelas balas de banana e, logo que percorremos meia quadra, minha mãe falou: ‘Quer ficar gordinho? Olha que ela não vai gostar...’ e então tive a certeza de que tinha feito besteira, porque afinal, ele merecia um homem bonito, ela era linda. Fiquei corado por alguns instantes, pois tinha convicção, não era com minha mãe que eu deveria ter aquela conversa, eu nem ao menos sabia o que era aquilo, o que tinha contecido ou o que eu estava sentindo. Como uma criança que se preze, cerca de duas horas após comer a minha torta, fui brincar na rua (aliás, tenho que dizer que essa foi a parte mais divertida e importante da minha juventude, aprendi muita coisa com meus amigos e as situações em que nos metíamos). Lá, encontrei meu amigo jogando futebol com outro garoto, na frente de uma das garagens dos vizinhos, onde dava pra fazer perfeitamente duas goleirinhas. O jogo estava um tanto desparelho, com o placar de 15x2, um acaso normal, visto que um deles não estava dotado da capacidade de correr, talvez devido a sua infância caseira e monótona, onde não teve a oportunidade de fazer coisas corriqueiras de criança, somente após sua mãe ter sido hospitalizada e ele, ficado sob o cuidado do avô. Já o outro garoto, o desconhecido, tinha fome de bola e jogava como poucos na rua, provavelmente teria tido sucesso em um time grande, longe dos arredores de uma cidadezinha perdida no meio do Rio Grande. Fiquei observando, já que ambos eram mais velhos e eu, provavelmente tomaria o mesmo placar em questão de minutos, fosse com um ou contra outro. Eis que você aparece, descendo as escadas ao lado da garagem, com aquele mesmo pirulito, mas dessa vez, ele já não tinha o tamanho da sua mão. Dessa vez, não tínhamos a menor chance de nos conhecer, já que eu não tinha balas e você não estava tão feliz quanto ao ganhar seu enorme presente. Como num momento abrupto, sinto uma bolada no meu rosto, nossa, como aquilo doeu. Com o passar dos segundos, a marca foi pegando fogo, porém não podia chorar, você me fitava com aqueles olhos verdes, sua boca ainda entreaberta, demonstrando mais susto e surpresa com aquela bolada do que eu mesmo havia sentido. Pouco tempo depois, a única coisa que eu ouvia eram gargalhadas do meu ‘amigo’ e do outro garoto, tirando sarro e dizendo coisas do tipo: ‘Está vendo, nisso que dá ficar de queixo caído por uma menina!’, Santo Deus, eu nem sabia o que isso significava, até conferi para ver se meu queixo ainda estava intacto, sim, ele estava lá, ainda bem, aí sim eu iria chorar. Não entendi como e até hoje não entendo porque, mas você pegou na minha mão e me levou escada acima, até uma árvore no terreno atrás daquela casa, pareciam limões ou laranjas verdes, eu não sabia ao certo, pensei: ‘Será que ela vai me jogar isso na cara e rir de mim também?’. Você correu até a casa e voltou com um balde, começou a catar limões do chão e foi o enchendo, mesmo sem saber o motivo, resolvi ajudar, achei que fossemos fazer uma limonada ou algo assim, ‘Que jeito estranho de conhecer uma pessoa.’, pensei. Quando estava quase cheio, você tentou carregar o balde, mas não conseguia, era muito pequena e não tinha forças pra isso. Demonstrando que duas cabeças pensam melhor do que uma, resolvemos colocar isso a prova somando a força de duas pessoas juntas, mas éramos muito ingenuos e acabamos por esvaziar quase meio balde. Chegamos até a parte de cima da garagem, aquelas feitas separadas das casas, como se fosse um retângulo e colocamos o balde no chão. Então você me olhou novamente, sorriu, olhou para os limões, para mim novamente e então começamos a atirar aquelas coisas nos garotos, alguns até os acertaram em cheio porém sabíamos que aquilo não tinha mais volta, precisávamos correr, e rápido. Não sabia para onde ir, então comecei a lhe seguir em meio aquelas árvores gigantescas no quintal daquela casa, ‘Seriam os donos seus tios?’, pensei comigo. Você, impressionantemente, estava se distanciando de mim e quando mais eu pensava, mais acabava ficando para trás. Chegamos a saída, no outro lado da quadra, você olhou para se certificar de que eu estava ali e continuou correndo até uma dessas casinhas de menina, do outro lado da rua. Logo que entramos, você me pediu para ficar quieto, com aquele velho gesto de ‘cala a boca’ e então eu percebi que aquilo era inútil, não havíamos trocado duas palavras até então, eram somente gestos e olhares insinuantes, por que eu deveria ficar quieto? Estávamos apavorados, tremendo dentro daquela casinha de madeira, devia estar fazendo uns 10 graus naquele dia e você estava de vestido, pensei: ‘Que mãe é essa? A minha me obrigou a sair com dois blusões!’. Suas primeiras palavras foram: ‘Está doendo?’, respondi: ‘Um pouco.’ E, logo depois disso, você se aproximou, me deu um beijo na bochecha e disse: ‘Minha mãe sempre diz que um beijinho cura a dor.’ Precisei me aproximar, entreguei um de meus blusões e então disse: ‘Você precisa se esquentar, está ficando frio.’ Eu parecia meu pai falando, uma vez tinha visto ele fazer isso com a minha mãe, ele havia ganho um beijo como recompensa, eu estava esperando o meu segundo beijo. Eu ainda estou...

Ps: talvez um dos textos mais idiotas aqui já postados.

Por Vinícius Fin.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

     Às vezes, um descaso, um simples acento colocado de maneira equivocada, pode mudar toda sua concepção a respeito de determinado assunto. Algumas pessoas, constantemente, se colocam em cima do muro quando devem tomar partido em assuntos diversos, eu, por outro lado, costumo até atropelar etapas e consequentemente, quando não há ligação entre o início e o presente, o vazio acaba se tornando inevitável, apesar da posição já ter sido tomada. Quando analisei essa posição, não consegui achar fundamento para todas as verdades em que acreditava, talvez o egocentrismo tenha desviado meu olhar do que realmente estava ocorrendo. Percebi que você não está querendo seguir do meu jeito, percebi que nos perdemos quando a casualidade passou a virar fato raro em nosso relacionamento, se é que temos um relacionamento, nós temos um relacionamento? Cheguei a pensar em lhe pedir em namoro, afinal, nada mais normal do que um casal começar a namorar, certo? Errado. Algumas sutilezas, talvez algumas provocações e um tanto de desleixo tenham me feito mudar de idéia, como quando você lembra de uma música antiga, sente a nostalgia batendo e percebe que todo seu carinho, nas mãos de alguém que não merece, pode causar muito estrago, já causou, inclusive. Na maioria das situações com as quais me defronto, geralmente tenho mais de uma opção a seguir, mas sinto que nesse caso, não tenho que tomar essa decisão sozinho, na verdade ela já foi tomada e tem muito mais do seu parecer do que do meu, afinal, quem criou essa situação toda foi você, dia após dia, causando um misto de amor e ódio com o qual eu não consigo entender, não consigo me entender, não consigo aturar. Não estou jogando a culpa para cima de você, entramos juntos nessa, mas entenda que precisamos sair separados, eu não quero mais ter que pegar na sua mão e sentir que você não quer estar fazendo o mesmo. Caso eu pegue na sua mão novamente, pode acreditar que vai ser a última tentativa, já gastei tempo e energia demais para ser tratado como qualquer um, para ser tratado como só mais um.

Por Vinícius Fin.
     Reclame quando disser que não tem como entendê-la, ou concorde, se achar melhor. Um exemplo claro disso, é quando tocamos num ponto sensível para você: homens. Você vive reclamando que sai com homens que não te ligam no dia seguinte; que só aparecem homem decadente na sua vida; que eles são pegajosos demais; que eles invadem seu espaço. Muito bem, claro que esses homens existem, existem os mais variados tipos, as suas próprias reclamações sugerem isso, no entanto, você segue generalizando, assim como a maioria das mulheres. Então, quando aparece um homem diferente de todos esses 'chatos', ou é um de seus melhores amigos, ou você desconfia de duas das cinco atitudes que ele tiver ao seu lado. Sendo melhor amigo, você não vai perceber que ele está apaixonado, que ele não te elogia somente por educação, que ele tem você como a mulher mais importante do seu dia e não vai perceber que quando ele seca as lágrimas do seu rosto, ele não quer somente te ver sorrir, mas também quer olhar nos seus olhos e ter a certeza de ter feito alguma diferença na sua vida. Se você desconfiar, não vai perceber que a flor que você ganha significa muito mais que um presente, não vai se dar conta que o chocolate que ele divide com você não pode ser mais doce do que sua risada entre um pedaço e outro, não vai perceber que as outras garotas com as quais ele se relaciona, não tem um décimo da sua importância. Ele vai sentir ciúme e não é porque você está linda, é porque você não se arrumou para ele, é porque ele sabe o quanto seu perfume é atraente, é porque você nem sabe o quanto dói sentir que pode te perder a qualquer momento. Não tenha medo de perder sua amizade, não tenha medo de perder seu carinho, tenha ousadia para dar uma chance a ele, atitude para fazer dar certo, coragem para assumir mas, não esqueça, sinceridade fascina, seja ela utilizada para que tudo fique bem, ou não.

Por Vinícius Fin.